NEWSLETTER | FEVEREIRO 18
No âmbito da Política Nacional de Arquitetura e Paisagem (RCM n.º 45/2015, de 4 de julho) a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP), em colaboração com  a Ordem dos Arquitectos (OA), organiza conferência nacional.
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
Caros Colegas, Caros Amigos,
 
No recentemente publicado Relatório Global de Riscos do Forum Económico Mundial, os eventos climáticos extremos surgem em primeiro lugar na probabilidade de ocorrência e em segundo na magnitude (na magnitude considera-se em primeiro lugar uma guerra nuclear mas, felizmente, com baixa probabilidade de ocorrência).
Este é o novo normal da arquitectura-paisagista: além de planear, projectar e gerir para o aquecimento global, planear, projectar e gerir para os eventos climáticos extremos. Secas e inundações de cada vez maior amplitude e/ou frequência, é o que a ciência e as previsões com base nela, nos indicam que serão os grandes desafios que temos pela frente.
A arquitectura-paisagista está contudo particularmente bem equipada para lhes responder: como profissão de ordenamento territorial e projecto de espaços exteriores, somos a única que tem em simultâneo uma forte base ecológica, estética e cultural. E só percebendo estes três vectores em simultâneo se pode mudar o mundo na sua complexidade funcional, social, económica, ambiental e espiritual.
E esta última deverá ser cada vez mais importante na nossa abordagem de análise e de soluções para o espaço, porque "ordenar o espaço exterior em função do Homem", tem a ver com todas as vertentes da nossa vivência.
Com a visão global que chega à APAP, podemos afirmar que muitos arquitectos-paisagistas exercem a profissão com profunda motivação pessoal, social e espiritual, sendo a mesma quase um "apostolado" de intervenção.
Este espírito tem-nos feito sobreviver a outros eventos extremos, que não climáticos, mas económicos, de mercado e de reconhecimento da profissão. Temos resiliência e sabemos desenhar com ela e para ela. Temos resiliência e sabemos que temos de continuar a defender e divulgar a profissão, umas das mais importantes para enfrentar os "tempos" que temos pela frente.
Nos próximos dias, a 16 de Março, no Porto, teremos pela primeira vez na história da APAP uma Assembleia Geral próxima dos colegas do Norte; segue a prática que iniciámos no ano passado de sair de Lisboa e estar assim mais cerca de outros sócios de outros pontos do País. Aí vos esperamos, para podermos falar desses assuntos de defesa e divulgação da profissão.
E no mesmo dia, antes da AG, teremos uma conferência co-organizada entre a APAP e a Ordem dos Arquitectos sobre a Política Nacional de Arquitectura e Paisagem. Será também um momento-chave para a troca de experiências e debate sobre este tema fundamental para a  intervenção pessoal, cívica e social dos arquitectos-paisagistas.
Lá vos esperamos para os dois eventos. Que serão também "extremos", ou seja, de forte impacto, na profissão e na APAP. E para isso contamos convosco.
 
Um abraço amigo, Jorge Cancela
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA-GERAL
Convocam-se todos os sócios da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas/APAP para a Assembleia-Geral Plenária a realizar no dia 16 de Março de 2018, às 17:30 horas, no Auditório da CCDR-Norte, Rua Rainha D. Estefânia, 251, Porto, de acordo com o estabelecido no nº 1 do art.º. 16º e da alínea b) do nº 1 do art.º. 17º e alínea a) do nº 2 do art.º. 18º dos Estatutos, com a seguinte ordem de trabalhos:
  1. Aprovar a Acta da Assembleia-Geral anterior;
  2. Deliberar sobre o Relatório e Contas relativos ao exercício de 2017;
  3. Deliberar sobre as correções notariais relativas aos estatutos aprovados na Assembleia   Geral anterior;
  4. Apresentar o Plano de Ação para o presente ano. 
A Assembleia reunirá em primeira convocatória às 17h30 com a maioria dos membros, ou em segunda convocatória, meia hora depois, com qualquer número de presenças.
 
Carlos Ribas (Sócio nº 501)
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Lisboa, 02 de Março de 2018
 
OBS: Os documentos abaixo mencionados serão enviados no início da próxima semana:
- Relatório de Actividades da Direcção - 2017
- Balanço e Demonstração de Resultados – 2017
- Parecer do Conselho Fiscal
- Versão dos Estatutos com correções notariais
Os documentos a serem analisados na Assembleia-Geral encontram-se também disponíveis para consulta na sede da APAP.
DESTAQUES
Tipuana tipu na Praça São João Bosco, Lisboa. Estaremos a esquecer o “valor da árvore” e aestética do património paisagístico”?
Tipuana tipu - exemplares sujeitos a “rolagem”
A PROPÓSITO DE ÁRVORES E PODAS: QUANDO SE ESQUECE A ESTÉTICA. 
Ana Paula Ramos(1), (2), Maria Filomena Caetano(2), Ana Luísa Soares(3)
 
(1) LEAF-Linking Landscape, Environment, Agriculture and Food, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Portugal
(2) Laboratório de Patologia Vegetal “Veríssimo de Almeida”, ISA, ULisboa
(3) CEABN-InBIO, ISA, ULisboa.
 
E-mail:[email protected]; [email protected]; [email protected]
 
A árvore na cidade desempenha uma multiplicidade de funções a nível social (espaços de recreio/repouso, promoção de interação na comunidade, embelezamento do ambiente edificado), paisagístico (destaca o local em seu redor) e económico (aumento do valor das propriedades onde se encontram e zona envolvente), para além de desempenhar uma importante função ecológica (regularização climática, abrigo do vento, …).
Na cidade as árvores crescem sujeitas a inúmeros fatores adversos que incluem as alterações das condições do clima (veja-se o efeito da “ilha-de-calor”), dos solos (por ex. solos compactados, pobres em matéria orgânica), da exposição solar, da exposição a substâncias poluentes, entre outros. Estas condições debilitam as árvores e predispõem-nas a pragas e doenças que afetam o seu valor e condicionam a sua manutenção. A gestão e manutenção do arvoredo são tarefas que constituem um desafio não apenas pelas condições que a cidade oferece mas também pelos frequentes conflitos que se geram pela simples localização das árvores na cidade (elementos edificados, arruamentos e tráfego automóvel e pedonal, infraestruturas subterrâneas …).
A poda é o mais comum entre os procedimentos de condução e manutenção das árvores. Embora em floresta cresçam sem necessidade de qualquer poda, as árvores em ambiente urbano exigem um maior nível de cuidados. Há muitos fatores externos à árvore urbana que fazem com que seja necessária a realização de podas. Segurança, compatibilização com o uso do espaço e com outros componentes da paisagem. Uma poda adequada, que respeite a biologia da árvore pode contribuir para a manter saudável, com uma boa estrutura e, ao mesmo tempo, promover o valor económico e salvaguardar a estética das nossas áreas verdes e paisagem.
Uma poda realizada segundo as normas da Arboricultura Urbana é essencial para que a árvore desenvolva uma boa estrutura e uma forma desejável. Os exemplares sujeitos a podas corretas enquanto são jovens necessitarão de um menor número de podas de correção à medida que se desenvolvem e amadurecem.
Nas árvores adultas, ocasionalmente, pode colocar-se a necessidade de realizar podas de redução de copa. Com estas podas pretende-se de alguma forma reduzir o volume da copa, quer em altura quer em largura, por questões de adequação ao local, por ex. devido a conflito com infraestruturas, porque se deseja ou procura determinado efeito estético ou ainda por razões de segurança (para evitar a queda e quebra de ramos ou da própria árvore).
Curiosamente, após uma operação tão drástica como é a rolagem, a maioria das árvores emite inúmeros rebentos numa tentativa de refazer a copa. Contudo, os novos ramos adquirem comprimento e peso excessivos, apresentando risco de rutura. As lesões resultantes dos cortes dos ramos de maior diâmetro, ou mesmo das pernadas, dificilmente se recobrem e os fungos causadores de podridões do lenho instalam-se, acelerando o processo de degradação da árvore.
A rolagem é, alegadamente, uma operação menos onerosa quando comparada com uma poda executada segundo as boas práticas da Arboricultura Urbana. No entanto, esta economia é apenas de curto prazo, já que os custos que advêm da morte das espécies menos tolerantes a tais intervenções transformam-se em despesas acrescidas para a sua remoção e substituição, encarecem a manutenção e comprometem o planeamento e o futuro das áreas verdes de uma cidade.
Uma “árvore rolada” jamais voltará à sua copa original e o seu valor estético está irremediavelmente comprometido!
O problema não são só as consequências fisiológicas e mecânicas que esta poda tem para a árvore! Estaremos a esquecer o “valor da árvore” e aestética do património paisagístico”?
Link:
Ramos, AP, Caetano, MF 2017. As árvores urbanas e as podas de “Rolagem”. Revista Frutas, Legumes e Flores nº 178, p. 28.  http://www.isa.ulisboa.pt/lpvva/documentos-diversos.

 
PROJECTO 100 Anos 100 Árvores. Centenários da Grande Guerra.
 
2018 é o o ano do centenário do fim da Guerra, o que merece um esforço adicional para homenagear os antigos combatentes, plantando as árvores em falta.
A APAP associa-se à 2ª cerimónia de plantação de árvores, e apela aos colegas com familiares que tenham participado na 1ª Grande Guerra para relatarem as suas histórias e memórias neste dia. 
Assim, gostaríamos de juntar um grupo de cidadãos para esta cerimónia, que terá lugar no próximo dia 9 de Abril no Jardim 9 de Abril de 2018, numa cerimónia que contará com a presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal, Dr. Fernando Medina, e que visa marcar a Batalha de La Lys. 
Aos interessados em participar, solicitamos que nos informem até 30 de Março ([email protected]).
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DEPRESSA E BEM NÃO HÁ QUEM.
A propósito da limpeza das árvores e dos matos.

Por João Ceregeiro
Vice-Presidente da Direção
 
Consciente da importância e da oportunidade na salvaguarda da defesa de pessoas e bens, no âmbito das acções e medidas relativas ao sistema nacional de defesa da Floresta contra incêndios (PMDFCI), nomeadamente nas faixas de gestão de combustíveis, cuja definição, monitorização e implementação vieram a ter no terreno um débil senão nulo resultado, desde a criação do DL 124/2006, a APAP vê com reserva e preocupação a aplicação da respectiva legislação, na recente versão DL10/2018, que traduz uma prática imediatista baseada numa tradução quantitativa métrica de limpeza, relegando para segundo plano o universo de ecossistemas que estão associados aos perímetros habitacionais e na sua ligação estrutural à paisagem, num contexto sócio/cultural onde a prática extensiva de manutenção e gestão da paisagem é nula ou incipiente, e portanto onde recursos de know-how e capacidade instalada estão ausentes.
No actual contexto, o estado está a passar para as autarquias e privados um deficit de responsabilidades acumuladas no últimos doze anos, durante os quais houve oportunidade de implementar medidas preconizadas nos PMDFCI e restantes instrumentos de gestão territorial, envolvendo a gestão e monitorização do ICNF, o qual, infelizmente, passa por um processo de desintegração institucional progressivo.

Consciente de que não há tempo para uma reavaliação da legislação e de que no terreno os trabalhos se encontram pressionados por prazo apertado e medidas de coacção associadas, a exemplo de outras recentes iniciativas, a APAP, está disponível para junto das autoridades competentes estabelecer formas de avaliação dos trabalhos e fazer chegar informação ao terreno de forma a racionalizar a acção, conseguindo-se assim equilibrar os objectivos de limpeza e desmatação e garantir a defesa de pessoas e bens e da paisagem também.
AGENDA 
EXPOJARDIM/FRUTITEC/IBEROPRAGAS 

Seminários e conferências, que se assumem como importantes momentos de reflexão das principais preocupações e prioridades dos setores é um dos pontos em destaque em mais uma edição da EXPOJARDIM/ FRUTITEC que decorrem de 9 a 11 de março, em paralelo com a IBEROPRAGAS, na Exposalão. Com um aumento significativo, quer no número de expositores, quer na área de exposição, esta feira espera receber mais de 20 mil visitantes.

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CICLO DE CONFERÊNCIAS
Jardins de Portugal na história e na sociedade:
Jardins iconográficos, artísticos e científicos


De 19 de fevereiro a 16 de março de 2018
17 horas | Aula Maynense | Entrada livre

Academia das Ciências de Lisboa
R. da Academia das Ciências, 19
1249-122 Lisboa 
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DIA INTERNACIONAL DA LUZ
O Dia Internacional da Luz, dia 16 de Maio, será celebrado pela LabLD  com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras.
O evento terá lugar no Parque dos Poetas, Templo da Poesia em Oeiras. Será um evento de 1 dia, com conferências internacionais no âmbito do lighting design - Poetas da Luz - e, ainda, Conversas no Jardim.
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HABITAÇÃO E CIDADES EM PORTUGAL

PENSAMENTO CIENTÍFICO E POLÍTICAS PÚBLICAS
AULA ABERTA

7 de Março, 10h00
Auditório do IHRU, Lisboa

Uma iniciativa enquadrada no plano de promoção da Edição 2018 do Prémio André Jordan.

As candidaturas ao Prémio estão abertas até ao dia 31 de Março, visando-se através deste evento incentivar a submissão dos melhores trabalhos ao concurso em causa.
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NOTÍCIAS INTERNACIONAIS
IFLA IS LOOKING FOR PORTUGUESE PROJECTS TO BE PART OF AN INTERNATIONAL EXHIBITION.

The purpose of the exhibition is to promote the profession of landscape architecture to (both) a general and a professional audience. 
The other goal is to promote IFLA and its member organizations as representative of landscape professionals, including your organization. 
In November last year we invited each member organization to prepare a selection of three projects.
We are well underway and the deadline by the end of March is fast approaching. 
Projects can be uploaded to the Dropbox folder: 
https://www.dropbox.com/sh/sucufr1ie0xl9rq/AACsQMNBrm9q2HZ7CiHJ09-xa?dl=0
Could you please let us know if you are planning to submit projects or if you need any help in the preparation of materials or with the selection process, we have guidelines, organizational and technical details ready for you!
We hope you will join us in to fill the whole map of Europe with excellent projects!

For further information, please contact Gertjan Jobse :[email protected]
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CONFERENCE 'GEOGRAPHICAL LANDSCAPES/CHANGING LANDSCAPES OF GEOGRAPHY'
 
The Royal Geographical Society with IBG announced that 2018 Annual International Conference will take place at Cardiff University, 28-31 August 2018. They announced Call for Papers: for a session on the theme "Geographical Landscapes/changing landscapes of geography".

Location: Cardiff University, Cardiff
  • Dates: Tuesday 28 to Friday 31 August 2018
  • Conference chair: Paul Milbourne (Cardiff University)
  • Conference theme: Geographical landscapes / changing landscapes of geography

The annual conference provides the perfect opportunity to find out more about the latest geographical research from across the discipline, while networking with over 1,800 delegates from around the world. This year, we are looking forward to welcoming delegates to Cardiff, capital city of Wales.

The call for sessions and papers for the 2018 conference is now open. More information about the conference, including details of registration and the provisional programme, will be published in early 2018. The Chair”s theme for 2018 Annual Conference is Geographical landsapes/changing landscapes of geography.

Call for Papers: for a session organised at the RGS-IBG Annual International Conference to be held in Cardiff from 28 to 31 August 2018 on the theme “Geographical landscapes / changing landscapes of geography” (link). The present call is entitled:  “Landscape and training: political and educational issues, tools and practices». This session aims to focus on political dimensions of the landscape and to open the discussion on the impacts of political approaches on education and training. This session is organised in parallel with the session “Landscape and education: research and practices”, proposed by B. Castiglioni and Margherita Cisani.

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VILLE LE NOTRE RESIDENCES

The Villa le Notre call for applications for fellowships for landscape arhitects, artists and designers working on different issues concerning landscape. The deadline for applications is extended to 30 March 2018!!!   
ENSP, AVIP * and their partners opened in 2015, the Villa Le Nôtre, offers a fellowship for landscape architects, artists and designers working on different issues concerning landscape. During their residency of 3 or 6 months at the Potager du Roi of Versailles, in the house built for Jean-Baptiste de La Quintinie, the first gardener, the winners of the different programs of Vil la Le Nôtre experiment, deepen and develop the project for which they were selected.
Villa Le Nôtre, is a platform that promotes the intersection and the hybridization of knowledge, cultures and innovations in the field of landscape. It is a space within which to invent new and creative approaches. The villa participates in the attractiveness of France in the field of landscape design.The edition 2018 of the call for applications. The selection of the winners will target for 2018 residences: projects whose objectives are in line with those of one of the programs carried by four figures emblematic for the landscape special attention in every program, but not exclusive, on all issues related to the landscape and its transformations related to energetic, ecological and social transitions.
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SMART AND SUSTAINABLE CITIES  

urban ecosystem services”.We are very pleased to invite you to participate in the Smart and Sustainable Cities (SSC-2018) ConferenceSCC-2018 will be held in Moscow, Russia on May 23-26 2018. The conference will be hosted by the Peoples’ Friendship University of Russia (RUDN University, www.rudn.ru). This year’s theme for the conference will be “Green technologies and infrastructure to enhance
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SUMMER SCHOOL

We are very pleased to invite you to participate in the 3MUGIS Summer School "Monitoring, Modeling and Managing Urban Soils and Green Infrastructure" will be held in Moscow, Russia on May 21-31 2018. The conference will be hosted by the RUDN University of Russia www.rudn.ru.
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CALL FOR BIDS ON PEACE GARDENS 

Call for bids for an artistic project in Le Quesnoy (Northern France) crossing Art and Gardens : Peace gardens

The « Mission du centenaire de la Première Guerre mondiale » (French World War One Centennial Commission), together with « art & jardins - Hauts-de-France », have decided, to celebrate tomorrow’s heritage through the art of landscape design : 15 Gardens of Peace will be realized in the immediate vicinity of the great international memorials of the First World War.

One of them will be created by Portuguese landscapers, at Le Quesnoy.

So , this call for proposals is directed at professional landscapers and architects of Portuguese nationality.

Deadline of submission : 17th March 2018

Production budget : 30 000 € HT 

Fee : 8 000€ HT

LEITURAS, INSPIRAÇÃO E AUDIOVISUAL
AS ORIGENS DO POVO PORTUGUÊS E DO SEU FADO.
Por Ilídio de Araújo
 
Foi na Sala de Actos do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa que tivemos o imenso prazer de ouvir, durante mais de três horas, a exposição do Arquitecto Ilídio de Araújo sobre "As origens do Povo Português e do seu Fado”.
Nesse mês de Outubro de 2010 decorria o primeiro ano de vigência do projecto de investigação “Filosofia e Arquitectura da Paisagem”, uma feliz parceria entre o Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL) e o Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Francisco Caldeira Cabral (CEAP) do Instituto Superior de Agronomia. Entenderam as coordenadoras associar às actividades de investigação e às publicações deste projecto a realização de um Seminário Permanente de periodicidade regular, com o duplo objectivo de divulgar o trabalho da equipa de investigadores e de ampliar o horizonte dos estudos sobre Paisagem. Ao considerar prioritariamente a Paisagem como dimensão da realidade, e não no plano da re¬presentação, o projecto privilegiava três vertentes: - a ontologia: a essência e as categorias da Paisagem; - a estética: a apreciação das qualidades da Paisagem; e a ética: o sentido do viver, do agir e do intervir na Paisagem.
O nome do Arquitecto Ilídio de Araújo impôs-se desde o primeiro momento como uma das personalidades a convidar: pela notável acção no campo do ordenamento e da conservação da Paisagem portuguesa, mas igualmente pela obra de pensador, pouco conhecidas que eram as suas ideias, que se sabia serem originais, mas permaneciam ainda envoltas numa aura de mistério.
Numa sala repleta de colegas, estudantes e um público de formações muito diversificadas, assistiu-se a uma fascinante descrição que não se confinava à Paisagem em sentido estrito. Ouviu-se uma inteira História do mundo e das grandes Famílias primordiais; compreendeu-se essa História na sincronia que fixava os grupos humanos aos lugares e conservava vivos na cultura simbólica os poderes originários do genius loci; mas compreendeu-se também a História como diacronia, acompanhando a disseminação espacial desses grupos ancestrais por uma Europa, sofrendo, também ela, profundas mutações geológicas e geográficas.

Adriana Veríssimo Serrão
Manuela Raposo Magalhães

A editora é o ISApress e o livro pode ser pedido por telefone - 213653305 ou por mail para Susana Pina - [email protected]
REVISTA CONTINUUM

Publicação realizada no âmbito da disciplina de Estudos Visuais do Mestrado em Arquitetura Paisagista do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Universidade de Évora.
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Paula Côrte-Real (Coimbra, 1978) é licenciada em Arquitectura Paisagista pela Universidade de Évora. Coautora de vários projetos de Arquitectura Paisagista, planos de ordenamento do território, e estudos na área do ambiente e da paisagem. É sócia-gerente do atelier de artes, estudos e projetos Lugar Invisível / Traços na Paisagem.
Desde 2005 tem colaborado com a Fundação Gulbenkian. Coordena aí, desde 2014, o Programa Educativo do Jardim Gulbenkian.

Entrevista conduzida por Cláudia Madeira com registo e edição de Teresa Vieira e Catarina Cabrita.

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