NEWSLETTER | FEVEREIRO 2021
MENSAGEM DO PRESIDENTE

Queridos Colegas,

Em primeiro lugar, conto que se encontrem bem.

Este mês decorreu sob o regime do confinamento estabelecido no passado mês e há previsão de se estender pelo próximo.

Estamos cada vez mais teleguiados e conseguimos “reunir” a qualquer hora. A ideia de um regime caseiro controlado tornou-se difícil, atropelado por emails, teams, e zooms e em muitas casas a coabitação familiar 24/24 horas, introduziu verdadeiros desafios ao convívio e à sanidade geral.

Os desafios vão continuar e num âmbito mais aberto, para um melhor andamento do programa de vacinação, essenciais no ganho de confiança, no meio de notícias menos animadoras e contraditórias.

Na APAP, tem sido um mês pleno de actividade em quase todas as frentes de trabalho. Para além da jornada, temos tido nas reuniões de direcção a alegria na presença de outros sócios envolvidos em temas propostos pelos próprios.

A Comunicação avança com a definição de novas temáticas e formatos, entre os quais a NL, onde para além da actualidade em redor da vida associativa, também se apresenta como espaço onde os sócios e não só, expõem temas que nos parecem oportunos e de claro interesse para a profissão. Pela primeira vez, serão disponibilizados espaços comerciais para potenciais interessados.

Na área de Regulamentação, foi realizado o primeiro encontro inserido numa ronda em algumas organizações profissionais. Estão também já em curso um conjunto de acções, junto das entidades oficiais que envolvem as profissões regulamentadas.

Na frente da Representação, estamos a preparar o mês internacional da Arquitectura Paisagista, num calendário rico e diversificado de modo a assegurar uma cobertura especial deste acontecimento.

E o 45º aniversário da APAP está aí, no princípio do mês, estejam atentos, vamos ter algumas surpresas.

A nossa colega de direcção Paula Farrajota, irá representar a APAP, como membro do júri no Prémio Municipal de Arquitectura e Arquitectura Paisagista Manuel Gomes da Costa, edição 2021. Falando de concursos, o Archiprix 2021, já está em movimento e contamos vivamente com a participação dos finalistas do nosso universo académico.

Através da colega Catarina Dias, foi enviada uma carta ao Conselho Nacional de Habitação, alertando para importância da inclusão da APAP, neste órgão de aconselhamento do governo no domínio da política nacional de habitação.

Numa resposta rápida, a partir de uma colaboração interna da Paula Simões, do Vasco Costa Simões e da Helena Barros Gomes, foi organizada a presença da APAP, no grupo de trabalho na CT 166, (comissão técnica de normalização –IPQ) na área dos Espaços de Jogo e de Recreio.

Quero aproveitar este espaço para tocar em dois assuntos sensíveis e importantes no bom funcionamento da APAP.

É recorrente cada direcção se defrontar com problemas de pagamentos de cotas. Alguns exercícios de imaginação têm sido feitos de forma a salvaguardar o inestimável vínculo dos sócios, evitando exclusões, penalizações, colocando o recurso a perdão de dívidas, ou promovendo, a título de exemplo, incentivos de descontos associado ao débito directo.

Um sócio para a APAP, não é somente uma cotização ou um número, ele significa a componente de uma força de trabalho, no espaço da profissão, massa crítica activa, sobre a qual recai uma expectativa que excede a simples contribuição monetária. Mesmo que ele não seja um elemento activo na vida associativa, ou a sua actividade não dependa directamente do funcionamento da associação, a contribuição financeira e regular do mesmo deve reflectir um compromisso cívico e solidário com a única instituição que o representa e lhe possibilita homologação oficial, dentro e fora de fronteiras.

Há sempre um motivo para responsabilizar a APAP por este ou aquele insucesso. Tenho noção das nossas limitações. No entanto, o esforço para mantermos a associação a funcionar e actuante nos vários palcos, depende também desse esforço comum. Resumindo, querem que a APAP corresponda às expectativas, então cumpram com os pagamentos.

O outro tema está relacionado com alguns problemas internos na área do secretariado envolvendo a comunicação telefónica e atrasos na emissão de documentação pedida pelos sócios, nomeadamente declarações.

A direcção ciente dos constrangimentos que esta situação tem causado, pede desculpa e informa que está a aplicar todos os esforços para a resolução rápida e definitiva deste problema.

Neste contexto estamos a proceder a uma revisão da orgânica do trabalho interno do secretariado, o qual irá resultar para além da reformulação das tarefas das funcionárias, na criação de novos endereços de email dirigidos às declarações e admissões, assim como um endereço específico para o secretariado. Brevemente será dada informação destas novas vias de comunicação.

Esperemos em breve articular estas alterações com a base de dados, a qual irá permitir aos sócios maior autonomia em alguns serviços e possibilitar informação geral e particular de todo o universo associativo.

Até lá não se esqueça de subscrever na página APAP a NL, a qual está também presente nas redes sociais do FB, Twitter, Instagram e LinkedIN.

Entretanto vamos despedir-nos do Inverno, a todos uma boa Primavera 2021,


João Ceregeiro, APAP nº 148
Presidente da Direcção

MENSAGEM DO DELEGADO DA MADEIRA

O HOMEM E A PAISAGEM

A Paisagem vai muito mais além da sua definição. O homem inventou este conceito para poder falar de si mesmo através de representações dessas paisagens e de imagens. Ou seja, uma representação de nós mesmos, pois são um reflexo do ser humano e de tudo o que tem manipulado e as consequências dessa manipulação. Modificamos o ambiente, incluindo todos os seus elementos naturais, tudo através das nossas atividades materiais, de necessidades políticas, das perseveranças económicas, dos ordenamentos jurídicos, etc. Mas depositamos essencialmente a nossa cultura e a nossa conceção de mundo – os nossos estilos de vida, as crenças religiosas e pulsão espiritual, os nossos símbolos e valores. Criamos afinidade e reciprocidade – sentido de relacionamento entre o Homem e a Paisagem.

Segundo um dos textos de Tim Ingold  - “The Temporality of the Landscape”, o autor afirma que é na Paisagem que o conhecimento pode ser interiorizado (ou seja, o conhecimento processa-se a partir de um conjunto de práticas no mundo real, com pessoas, objetos e de relacionamentos). É tudo um sistema preceptivo, onde se desenvolve uma sintonia e uma sensibilidade com esse mesmo sistema (não absorvendo representações mentais ou esquemas conceituais). No desenvolver deste processo cognitivo atuam: o cérebro, os órgãos do nosso corpo e todos os nossos sentidos e o próprio ambiente (com aspetos específicos que localizam o sujeito no mundo). Esta paisagem é constituída por um longo registo de vidas e trabalhos que foram passados de geração em geração e que deixam as suas marcas.

Existe uma articulação entre a paisagem para o sujeito e o tempo, onde não existe tanto uma vontade de invocar imagens “internas” e que se encontram guardadas na nossa mente, mas sim uma perceção de um ambiente que transmite um passado e que não deve ser esquecido. É a paisagem que origina as relações entre o sujeito e o ambiente. Ela é formada à medida que vão surgindo acontecimentos e à medida que se criam histórias na sua superfície (tudo isto interligado com o ciclo de vida de fauna e flora que também a habitam).

As paisagens são, portanto, um processo em constante funcionamento.

Este autor entra com o conceito de Taskscape que nos fala não só nas tarefas realizadas na paisagem, como também relaciona as interações do sujeito com a paisagem e são essas interações que devem ser incorporadas com um recurso duradouro na paisagem, sendo um elemento muito importante na história do mundo e dos sujeitos que nele habitam. Pontanto, o conceito de Taskscape tem sido um recurso para incluir a história e a cultura no conceito de Landscape, pois o sujeito ao habitar o mundo envolve inúmeros traços históricos e culturais que acabaram por ser incorporados na paisagem (sendo traços de todos os seres e objetos que o habitam). Na Paisagem cada elemento é intrínseco às relações que estabelece com os outros. Todos os sentidos e acontecimentos relacionados à paisagem não se encontram nela, mas são agrupados a partir dela.

A Paisagem é o reflexo da história do próprio Homem, pois “narra” todos os feitos humanos e todo o seu desenvolvimento. A Paisagem Cultural – logos – representa o discurso da memória, da história e da cultura, sendo assim o paradigma de valores éticos e estéticos. Esta continua em desenvolvimento – provém da Antiguidade - enriquecendo-se a cada século que passa, modelando-se segundo ideias, sentido, expectativas dos povos que a construíram e integram-se de indivíduo para indivíduo. Cada cultura tem-se expressado segundo um património de costumes e valores tradicionais, um universo de imagens e símbolos que estabelecem códigos de comportamento e padrões de escolha desenvolvidos dentro dessa mesma cultura – uma ética compartilhada. Nos dias de hoje, o Homem apresenta-se como um ser dotado de experiências pessoais e conhecimentos múltiplos, onde a paisagem revela esse mesmo conhecimento, manifestando-se como motivo de enriquecimento.

Não podemos esquecer o conjunto de relações ecológicas entre os seres vivos, o Homem e a parte não viva da Natureza. Estas relações ecológicas permitem subvalorizar questões como “o húmus do individualismo”. Aldo Leopold, no seu tema “The Land Ethic”, integrado na obra “A Sand County Almanac” (1949), expõem que a Ética da Terra convoca a Paisagem como sendo uma oradora que exprime os valores presentes entre as relações que existem na sociedade com a natureza.
A principal mensagem que este autor nos tenta deixar é a de que todos os seres vivos encontram-se integrados numa mesma comunidade - Comunidade Biótica (conceito que chama à atenção para a relação de interdependência dos seres vivos assim como toda a sua autonomia). Leopold acredita que quando se preserva a beleza, a estabilidade e a própria integridade desta comunidade biótica, tudo se encontra perfeitamente correto no seu funcionamento, sendo o Homem considerado como apenas mais um ser (tentando também chamar a atenção para alguns valores que foram ficando esquecidos na relação entre nós -seres humanos- e a natureza).

Desta forma, ele cria uma crítica um tanto ou quanto antropocêntrica, pois acredita que o Homem é um ser que apresenta um otimismo tecnológico ingénuo, que não está consciente dos seus limites e que ignora, de certa forma, a sua dimensão ecológica, acabando também por ser um indivíduo egoísta. Estas críticas podem levar a uma interpretação incorreta daquilo em que o autor acredita, induzindo a conclusões que podem por em risco a própria dignidade do homem, mas Leopold não é de todo um anti-humanista. A Ética da Terra de Leopold abrange fronteiras dessa Comunidade Biótica de forma a incluir nela os solos, a água, a fauna e a flora – um coletivo “terra” – ou seja, uma inclusão de todos seres vivos no nosso universo (pois permitem uma evolução e uma carência ecológica, havendo a necessidade do desenvolvimento de uma consciência ecológica como sinónimo de “saúde da Terra onde vivemos”, ou seja, a capacidade de autorregeneração da mesma).

O Homem não deve ser posto de parte e é importante que ele não seja visto apenas como uma outra espécie no meio de tantas. Ele possui uma forte relação e dimensão ontológica com a mesma, estando ambos “castigados” a uma medida comum (e isto se a natureza não condenar o ser humano por este a condenar a ela). Mas não devemos esquecer que a Natureza não deve suprimir-se em função do Homem, nem deve permitir que a Natureza siga o seu próprio caminho/traçado sem qualquer intromissão por parte humana.

É inevitável a construção por parte do Homem e a sua intervenção na Natureza, mas é importante que não o faça de uma maneira arrasadora, nem pondo em risco os ciclos naturais da mesma. É importante que se tracem limites de forma a que seja possível a coexistência da diversidade – existência de campos formais e contemplativos e de campos vegetais e animais – permitindo a presença dos signos objetivos que refletem a subjetividade do Homem. A paisagem não é simplesmente uma presença fenoménica com leis objetivas da Natureza. A paisagem é precisamente o objeto do próprio sentido da vida do Homem e da existência das sociedades.

Apesar do mundo em que vivemos, somos seres criativos e inteligentes capazes de procurar soluções para os problemas com que nos deparamos hoje. Se tomarmos as medidas necessárias, começaremos uma nova era. Temos hipóteses de acertar, de forma a sairmos de um mundo desconectado e ineficiente de combate à população, para um planeta sustentável.
 

Dejhenir Reis, APAP 1389
Delegado do Distrito do Funchal da APAP


BIBLIOGRAFIA
- “The Land Ethic” – Aldo Leopold (Tema integrado na obra de Aldo Leopold, A Sand County Almanac, págs. 115-126, publicada em 1949);
- “The Temporality of the Landscape”– Tim Ingold (publicado por Taylor & Francis, ltd. – Fonte: World Archaeology, Vol. 25, No. 2, Conceptions of Time and Ancient Society (Oct., 1993), pág. 152-174).

Contacte o Delegado Estudante aqui
DEPOIMENTO | testemunhos de arquitectos paisagistas

A IMPORTÂNCIA DE SER ARQUITETO(A) PAISAGISTA


Encarei desde sempre a importância de ser arquiteta paisagista como a assunção da enorme responsabilidade de contribuir para o desenho e gestão da paisagem.

Ensinou-me a experiência que o conceito de paisagem não tem o mesmo significado para os diversos intervenientes que interferem na transformação dos recursos e sistemas naturais, mas deu-me igualmente a oportunidade de construir pontes de comunicação entre diferentes abordagens e interesses para o estabelecimento de consensos.

Nesta profissão, que exige a compreensão global e transversal de um significativo conjunto setorial de matérias, mas também a atualização permanente dos instrumentos processuais que as orientam na sua implementação, o estudo contínuo acompanha-nos ao longo da vida.

Marcaram momentos particulares do meu percurso a necessidade de estabelecer a articulação com a Academia, através da investigação, o que resultou nas teses de mestrado e de doutoramento (em curso).

Considero, porém, que tão importante como esses momentos foi a missão de fazer chegar aos decisores as mensagens que permitem que o conceito de paisagem, no quadro do ordenamento do território, possa ser progressivamente assimilado e encarado como o que melhor, e de forma mais justa, acautela o bem comum.

A comunicação é, efetivamente, uma ferramenta fundamental para as plataformas de entendimento necessárias ao diálogo com os diferentes níveis de poder e decisão. Perceber os seus diversos âmbitos e expetativas não perdendo, nunca, o sentido prático e de oportunidade que determina o seu quotidiano, é conseguir aproximar a política, enquanto capacidade de fazer escolhas, dos pontos de vista técnicos.

O que está em causa, de facto, é assumir perante a comunidade uma responsabilidade conjunta que é de hoje, mas sobretudo de um amanhã, que é cada vez mais incerto, mais rápido nas suas dinâmicas e mais intenso no que respeita aos eventuais efeitos positivos, mas também negativos, daquelas escolhas.

A noção de que a ação e a gestão local, associadas às referências que identificam as pessoas com os locais, é tão importante como a conceção de estratégias regionais ou nacionais, ilustra o arco que contém o âmbito de atuação de um arquiteto paisagista.

A divulgação destas experiências de construção de processos coletivos, e a partilha de outras além-fronteiras, se enriquece e dá visibilidade a este trabalho por vezes pouco visível, dá por sua vez protagonismo e enaltece a paisagem como narrativa viva da interação de gerações e gerações com o suporte biofísico, da qual temos obrigação de saber tirar lições.

A inspiração em Gonçalo Ribeiro Telles permite abarcar o alcance da sua visão pioneira e o que ela representou para o início da formação de um pensamento estruturado da arquitetura paisagista. Este é um legado a que temos que fazer justiça todos os dias, em todos os passos do caminho por mais difícil ou inalcançável que por vezes possa parecer.

Fátima Bacharel

Nota biográfica
Maria de Fátima Guedes de Andrade de Oliveira Bacharel é licenciada em Arquitetura Paisagista (Universidade de Évora), Mestre em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental (Universidade Nova de Lisboa) e doutoranda em Artes e Técnicas da Paisagem na Universidade de Évora. Detém uma abrangente experiência profissional na área do Ordenamento do Território, sendo autora de um vasto conjunto de comunicações e diversas publicações.

ORDEM DO DIA | actualidade relativa à profissão e à sua envolvente

Os tempos que vivemos são particularmente propícios a balanços, do autoconhecimento até à definição estratégica do que ambicionamos. São também tempos de aceleração de transformações, por vezes há muito adiadas, nas nossas vidas e instituições.

É neste contexto que muitos de nós se sentem frustrados quanto ao desempenho que gostaríamos de ver na nossa APAP. Ainda assim, muito poucos têm disponibilidade/motivação para contribuir para o crescimento da Associação e, através dela, para promoção da nossa Arquitectura Paisagista.

Esta análise tão simplista/redutora quanto real, só nos pode impelir para a acção. A consciência que temos acerca do papel crucial de uma Paisagem bela, equilibrada e sustentável para a resiliência e qualidade de vida das futuras gerações, impede-nos de baixar os braços e ficarmos por aqui. Partilhamos a herança da responsabilidade pela promoção da missão e dos valores da Arquitectura Paisagista.

Assim se abrem diversas reflexões e debates sobre o futuro da Associação, da própria profissão, das nossas ambições e das necessidades da Paisagem. Provavelmente ambicionamos “diferentes modelos” de APAP, mas estaremos de acordo quanto ao desejo por uma APAP com mais capacidade para perseguir os seus fins estatutários, com voz activa na sociedade.

Muitos destes exercícios de reflexão, certamente mais profícuos que o presente, esbarram na crua realidade das questões de financiamento.
Se é certo que ao longo de décadas a Associação evoluiu em diversas dimensões da sua acção e organização, tentando dar resposta aos desafios, é também verdade que as suas fontes de receita se mantiveram essencialmente inalteradas (fará sentido identificar?)

Esta dimensão reflecte um perfil da Associação, crescentemente desligado do tecido social produtivo. Um carácter que lhe permite, pelo menos em teoria, manter as desejáveis imparcialidade e isenção… mas será que trava o seu crescimento e a sua adequação à contemporaneidade?

Uma APAP mais profissionalizada e ao serviço da comunidade, à semelhança de outros modelos associativos conhecidos, teria um papel mais activo na sociedade. Assim se poderia alimentar um ciclo positivo e sustentável de geração de receitas e impacte social.

Será este um caminho que desejamos percorrer? Por outro lado, será que existe futuro sem uma alteração de paradigma?

É relativamente fácil (como potencialmente estéril) identificarmos serviços, enquadrados no referido tecido social produtivo, que a Associação poderia activamente oferecer sendo fiel aos seus estatutos. Isto para além das meritórias iniciativas em curso, como são as ofertas de exposição publicitária exclusivamente junto de uma classe profissional erosionada (e até estas poderiam, eventualmente, ser sistematizadas num directório de fornecedores com curadoria).  

Só para continuar no registo provocatório de quem está a pensar alto entre colegas…

Quantas instituições públicas e privadas, que recorrem a serviços de Arquitectura Paisagista, não beneficiariam de um suporte técnico na preparação dos seus cadernos de encargos e na avaliação de propostas, com claro benefício para o interesse público e para a nossa classe profissional?

Quantos profissionais de Arquitectura Paisagista não investem, ou beneficiariam por investir, em divulgações do seu trabalho junto de plataformas/publicações/organizações autossustentáveis com projecção junto do grande público, ainda que dedicadas a trabalhos da especialidade?

Quantos profissionais das mais diversas áreas não investem, ou deveriam investir, em formações de qualidade no âmbito dos domínios de actuação da Arquitectura Paisagista tendo em vista a formação contínua ao longo da sua carreira?

Quantos profissionais de Arquitectura Paisagista não investem, ou beneficiariam por investir, em formação em áreas complementares à nossa actividade, mas ainda assim cruciais para a sua promoção? Ou mesmo dentro da nossa área de conhecimento, quantos não beneficiariam da disponibilização de ferramentas de prática profissional mais eficazes, claras e consensuais, para enriquecer os seus conhecimentos e, por sua vez, aumentar o impacte e a viabilidade da profissão? Poderiam ser “programas, produtos e serviços que disponibilizem os dados de pesquisa mais actuais e oportunidades de aprendizagem disponíveis para profissionais, (…) contribuindo para aumentar a gama de oportunidades abertas para Arquitetos Paisagistas em todos os potenciais segmentos de prática”.

Quantos clientes e/ou Arquitectos Paisagistas não investem na preparação de minutas para contratos de prestação de serviços/produtos na área da Arquitectura Paisagista?

Quantas publicações e software da especialidade não são transaccionados?

Quantos turistas não procuram rotas e serviços de interpretação da Paisagem?

Quantas acreditações/reconhecimentos ou distinções são procuradas por entidades públicas e privadas, podendo promover a qualidade da Paisagem gerida por estas entidades?

Quantas associações e iniciativas persistem dispersas, dentro do amplo universo de actuação da Arquitectura Paisagista, que beneficiariam duma plataforma capaz de harmonizar e potenciar os seus interesses sectoriais?

E entre vistas mais certeiras e outras falhadas, poderíamos continuar com as questões indefinidamente. No fundo, quantas boas oportunidades existem para fazermos mais e melhor pela nossa Paisagem, pelo nosso futuro?

Uma coisa tenho como certa: A acção, de todos, impõe-se hoje.

 

Portugal, Fevereiro 2021
um associado da APAP com quotas em atraso

Dos estatutos…   
Artigo 3º
Fins
A Associação tem por fim o estudo e defesa dos interesses relativos à actividade da Arquitectura Paisagista, competindo-lhe, para tanto, promover e praticar tudo quanto possa contribuir para o respectivo progresso técnico e social, designadamente:
a) – Constituir o órgão representativo da classe profissional dos Arquitectos Paisagistas junto das entidades oficiais competentes e outros organismos, bem como junto das organizações internacionais ligadas à Arquitectura Paisagista.
b) – Defender os interesses da profissão e os valores, princípios, artes e técnicas a ela inerentes.
c) – Definir as linhas gerais de actuação, defesa e harmonização dos interesses dos associados, bem como o exercício dos respectivos direitos e obrigações, nomeadamente da aplicação do Código de Ética e Conduta Profissional dos Arquitectos Paisagistas Portugueses.
d) – Oferecer aos associados serviços destinados a apoiar o exercício da sua profissão.
e) – Promover actividades culturais e outras actividades colectivas de interesse para a profissão.
f) – Promover acções de formação profissional.
g) – Em geral, desempenhar quaisquer outras funções de interesse para os associados, dentro do âmbito anteriormente definido.
 
Artigo 53º
Receitas da Associação
Constituem receitas da Associação:
a) – O produto das jóias e quotas a pagar pelos associados;
b) – Os subsídios que o Estado ou outras pessoas colectivas de direito público lhe concedam, com vista à realização dos fins estatutários da Associação;
c) – As contribuições ou donativos de quaisquer outras entidades ou de pessoas singulares para o mesmo efeito;
d) – As doações que lhe venham a ser feitas e as heranças de que seja beneficiária;
e) – Os rendimentos dos seus bens;
f) – As importâncias que aufira por serviços prestados;
g) – Quaisquer outros rendimentos permitidos por lei.

AGENDA 

Devido ao grande interesse demonstrado, e porque as AFC têm participação limitada, vários associados não puderam participar na 1ª edição da formação de Rega Sob Pressão. Deste modo, a Direcção da APAP decidiu realizar uma 2ª edição como o mesmo Programa, nos dias 9 e 16 de Abril.

Alertamos que a realização das AFCs está limitada a 20 participantes!

Inscrições
Programa
BOAS VINDAS

A APAP dá as boas-vindas à nossa Associação, desde o início do ano de 2021, a:

4 novos Associados Efectivos da zona norte,
5 novos Associados Efectivos da zona centro
1 novos Associados Efectivos da zona sul
2 novos Associados Estudantes da Universidade de Évora

SABIA QUE?

A cobertura da Apólice do Seguro de Responsabilidade Civil Profissional subscrita pela APAP está dependente de que o associado tenha as suas quotas liquidadas?

Caso se verifique a ausência de pagamento, o associado não poderá invocar protecção em qualquer circunstância, nomeadamente em processos que envolvam projectos submetidos anteriormente com uma Declaração de Qualificação Profissional emitida enquanto a sua situação se encontrava regularizada. Adicionalmente, o associado tampouco poderá usufruir do Apoio Técnico nem do Apoio Jurídico prestados pela APAP.

INTERNATIONAL 

DEFINIÇÃO INTERNACIONAL DE ARQUITECTURA PAISAGISTA

A IFLA partilhou a última versão da definição internacional da profissão de Arquitectura Paisagista.

A tradução deste documento para Português está a ser elaborada e será disponibilizada brevemente.

Encontre aqui o PDF da Definição
Ler aqui o IFLA Bulletin de 2 de Fevereiro
Ler aqui a IFLA Europe Newsletter de Fevereiro
LEITURAS, INSPIRAÇÃO E AUDIOVISUAL

Já está disponível para consulta o manual ENCPE 2020, dos critérios de contratação pública para a Manutenção de Espaços Públicos, elaborado com o apoio da APAP.

Manual ENCPE 2020: Manutenção de Espaços Públicos
PUBLICIDADE PAGA

Este espaço estará disponível brevemente para ofertas de Arquitectos Paisagistas ou de interesse para a Arquitectura Paisagista.

saiba mais em www.apap.pt
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