NEWSLETTER | SEGUNDO SEMESTRE 2020
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Bom dia a Tod@s.

Venho aqui juntar umas palavras antes do ano terminar.

Espero que estejam bem de saúde e as vossas famílias também. Neste momento o país está mais uma vez em estado de emergência, o qual se estenderá até o próximo dia 7 de Janeiro.

Esta circunstância traduz o que foi o ano 2020 e a afectação das vivências de todos nós, até ao ponto de se estabelecerem distâncias mínimas no relacionamento social em nome da segurança e saúde pública. Condição complexa em muitos locais de trabalho e transportes públicos.

Por outro lado a economia encolheu e o espaço físico também. Pequenos comércios de bairro reapareceram, as mobilidades suaves emergiram e para alguns a alternativa passou por uma solução de vida em aldeias e pequenas cidades.

Passámos a ser mais sensíveis ao essencial: ao convívio; à segurança da família; à qualidade do ar; dos ambientes e espaços seguros; até a comida e a actividade física estão na ordem do dia, talvez para compensar o tele-trabalho.

A relação entre as pessoas e a natureza fortaleceu-se.

Neste processo em curso, as próprias políticas em redor do território estão a adquirir novas dinâmicas. Salientamos aqui a execução do PNPOT e o respectivo enquadramento estratégico e operacional, com a implementação dos programas de reordenamento e gestão da paisagem ou a 3ª conferência da PNAP, com o estabelecimento de um novo plano de acção para os próximos dois anos. Assinalável o trabalho da respectiva comissão de acompanhamento na implementação dos seus objectivos.

Em Novembro, mais precisamente no dia 11, tivemos a notícia da morte do professor Gonçalo Ribeiro Telles. O espaço que ocupa é demasiado grande para ser descrito em palavras. Cumpre-nos manter a sua memória viva e os seus princípios e ensinamentos aplicados. Aquilo que poderemos ter sempre presente será um - Obrigado Gonçalo Ribeiro Telles, estamos cá para continuar a lutar por os teus ideais e dar corpo e dimensão à profissão de AP.

A APAP, ou direcção que recentemente tomou posse, irá manter as actividades em curso e presentes no programa de acção, apesar dos muitos ajustes que têm ocorrido e que irão ocorrer por motivos compreensíveis.

Da regulamentação da profissão, das actividades de formação, incentivos aos associados e jovens AP, divulgação da profissão, programas com as escolas AP, representação institucional, da celebração das AG’s, será também trabalhado o arquivo digital complementando o registo da AP em Portugal com a plataforma on-line.

Neste contexto foi dado nos últimos meses um passo importante para a organização da base de dados da APAP, sobre a qual contamos no início do ano começar a trabalhar.

Estamos empenhados em promover de novo grupos de trabalho sobre temas concretos.

Para o efeito, contamos com a colaboração de colegas que possam estar disponíveis para integrar grupos de trabalho, nos quais encontrem afinidades com os temas em questão. Estes grupos terão total autonomia de acção sendo regularmente realizadas sessões de trabalho com membros da direcção.

Aproveito para saudar todas as direcções anteriores que possibilitaram construir e manter a APAP e com ela a nossa profissão.

Quero saudar os nossos apoios técnicos e administrativos que mantém a APAP a funcionar.

Saudar os delegados APAP, (Algarve, Alentejo, Porto, Açores e Madeira), que têm tido uma presença constante e abrilhantado os debates e sessões de trabalho.

Saudar esta direcção e os membros dos corpos sociais que constituem esta lista, mais uma vez única.

E saudar todos os AP´s, sem nunca esquecer a importância do seu papel, hoje acrescido sobre os desafios que estão já aqui à frente.
Um 2021, com saúde...
 

João Ceregeiro
DESTAQUES

GONÇALO RIBEIRO TELLES, O NOSSO MESTRE

Gonçalo Ribeiro Telles é uma figura tutelar da Arquitectura Paisagista  a  quem  se deve muito do  conhecimento que hoje existe sobre esta forma de arquitectura que, como defendia outro  nome ímpar da nossa profissão, Ilídio de Araújo, deveria ser  “Paisagística”.

Desde sempre foi um homem íntegro,  profundamente ligado aos ideais da Liberdade e da Democracia pelos quais lutou nos tempos difíceis do regime  do Estado Novo, pagando o preço de ter sido expulso do ensino;  profissionalmente impôs-se como um Mestre, fervilhante de ideias e novos conceitos, impondo a si mesmo uma intervenção responsável e eticamente  irrepreensível.

O episódio que no aspecto profissional primeiro o evidenciou publicamente foi o seu projecto para a Avenida da Liberdade, que tinha sido esventrada para construir as linhas do Metro. Ele olhava assim para aquela via central de Lisboa na Memória Descritiva do seu projecto : “A Avenida da Liberdade comporta-se, paisagisticamente,  na cidade de Lisboa, como um extenso vale que nasce na Rotunda e desemboca, espraiando-se,  na Baixa Pombalina…”, “ Se, portanto, a Avenida é um vale, como tal deve ser trabalhada”. E a seguir “A espécie arbórea própria dos vales que melhor poderá formar maciço é a “ Ulmus procera”.O seu porte, cor e volume, aliados ao facto de pertencer à formação clímace e ser a árvore mais tradicional da Avenida, indicam-na  para constituir o elemento dominante do maciço arbóreo.

Depois do seu projecto, funcional,  moderno e adequado às regras e necessidades do trânsito automóvel e dos peões, ter sido  aprovado e começado a ser construído desde a Rotunda até ao cruzamento com a Rua Alexandre Herculano, recebeu ordem, por razões de pressão política de autoridades mais antiquadas,  para  fazer outro projecto mais tradicionalista – o que ele evidentemente recusou,  tendo por isso sido expulso também da Câmara Municipal. Na altura o seu comportamento exemplar de ética profissional  foi  elogiado pela maioria dos profissionais ligados ao projecto urbano.

Devemos recordar como foi da sua responsabilidade o impulso dado ao Ordenamento do Território, que como sabemos é o conceito fundamental da arte e ciência que é a arquitectura paisagista, ideia que ele começou a desenvolver logo no início da sua actividade, tendo designado para assunto do seu Relatório Final o “ Um caso concreto  de ordenamento paisagístico - Estudo de três Herdades no Concelho de Coruche”. E o ordenamento paisagístico,  transposto para Ordenamento do Território deu o principal conteúdo  para uma holística Política de Ambiente que ele lançou. Podemos assim  nós, arquitectos paisagistas, reivindicar termos sido  os pioneiros -  por ter sido ele e muitos outros colegas seus colaboradores -  no lançamento da modernização  das formas de intervir na paisagem, que atiraram Portugal para um lugar preponderante, nos conceitos de uso da Ecologia  e outras Ciências da Terra com a Arte na abordagem das intervenções no espaço biofísico.

Levou décadas a bater-se pela criação de hortas urbanas e pelos corredores verdes como forma de fazer entrar a Natureza e o meio rural no tecido urbano – pois  paisagem urbana e paisagem rural são duas faces da mesma Paisagem Global, que hoje todos temos como  adquirido –mas foi Ribeiro Telles quem o demonstrou.

Ribeiro Telles nunca esqueceu o seu Mestre Francisco Caldeira Cabral  e soube ir buscar, entre tantos outros,  alguns dos nossos colegas mais ilustres como foram Ilídio de Araújo e Viana Barreto em cujos conhecimentos se apoiou.

Já quase tudo se disse e escreveu sobre a obra e a vida do nosso Mestre que nos deixou neste Outono do ano da pandemia mundial, e por isso ficamos por aqui.

Em 2022 irá comemorar-se o centenário do nascimento de Gonçalo Ribeiro Telles e será também uma data adequada a recordar o Professor Francisco Caldeira Cabral, que foi quem  tudo começou na Arquitectura Paisagista em Portugal – vamos todos pensar, nisso com a dimensão e a dignidade que os dois Mestres merecem.

Fernando Santos Pessoa,  arq.º paisagista
(O autor escreve pela antiga ortografia)

ASSEMBLEIA ELEITORAL BIÉNIO 2021/22
 

Como é do conhecimento geral, no passado dia 25 de Novembro realizou-se a Assembleia Geral Eleitoral, onde foram aceites votos presenciais e por correspondência, sendo a Lista A a vencedora, com a seguinte composição:

Assembleia Geral  
Presidente Jorge Frazão Cancela
Vice - presidente Clara Ponte e Sousa
1º Secretário Francisco Caldeira Cabral
2º Secretário Beatriz Truta

Direcção
 
Presidente João Ceregeiro
Vice - presidente Paula Simões
Secretário Carlos Correia Dias
Tesoureiro Paula Farrajota
Vogal David Flores
Substituto Helena Barros Gomes
Substituto Sónia Talhé Azambuja
Substituto Marisa Lavrador

Conselho Fiscal
 
Presidente Carlos Ribas
Vogal Margarida Quelhas Poças
Vogal José Veludo
Suplente Catarina Assis Pacheco
Suplente Sílvia Basílio


A tomada de posse dos novos Órgãos Sociais teve lugar no dia 1 de Dezembro.

Programa de Acção Lista A Biénio 2021-2022
ASSEMBLEIA-GERAL DA APAP

No passado dia 30 de Setembro realizaram-se a Assembleia-geral Plenária Extraordinária, para Aprovação da Proposta de Revisão dos Estatutos, seguida da Assembleia-geral Plenária Ordinária, onde se apresentaram e aprovaram o Relatório de Contas de 2019 e o Relatório de Actividades de 2020.

Estas Assembleias estavam planeadas inicialmente para Abril e iam estar inseridas num dia de celebrações e actividades, incluindo um picnic temático, uma visita guiada à Tapada da Ajuda, uma sessão de apresentação da APAP às Associações de Estudantes de AP das cinco escola reconhecidas em Portugal, um sorteio de vários livros editados com o apoio da APAP e, ainda, a inauguração da exposição da IFLA Europa. Mas, como todos sabemos, em Março fomos deparados com a pandemia da COVID-19 e tudo e todos fomos obrigados a adaptar-nos às novas circunstâncias. 

No entanto, e apesar de todas as condicionantes, as Assembleias-gerais acabaram por ser um sucesso. Além da sua realização na Sala de Actos do Instituto Superior de Agronomia, um espaço tão importante e icónico para o ensino da Arquitectura Paisagista em Portugal, este foi um evento histórico já que, e devido às condicionantes derivadas da pandemia COVID-19, foi a primeira vez que se realizou uma Assembleia-geral, também, em formato remoto, através da plataforma ZOOM. Depois do sucesso desta experiência, contamos poder realizar todas as Assembleias-gerais com formato combinado presencial + remoto, de modo a dar a possibilidade de participação a mais Associados e de todos os cantos de Portugal

Assim sendo, com este evento, os Órgãos Sociais da APAP puderam cumprir com o seu objectivo de regularização dos registos da Associação, incluindo a, tão esperada, actualização dos Estatutos!

Estatutos da APAP - Versão actualizada
MENSAGEM DO DELEGADO - ALENTEJO

SALVA-SE A PAISAGEM?
 
Cumpriram-se na passada terça-feira, 20 de outubro, 20 anos sobre a assinatura em Florença da Convenção Europeia da Paisagem, ratificada por Portugal cinco anos volvidos.

Neste contexto e a pretexto, quero destacar aqueles momentos ou actos que a meu ver interferiram e marcaram os primeiros 20 anos do século XXI na Paisagem em Portugal e consequentemente a trajectória da nossa Arquitectura Paisagista. Trata-se, naturalmente, de uma memória pessoal, consequentemente imperfeita e susceptível de ser aperfeiçoada:

2000   PROGRAMA POLIS - Programa de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental das Cidades, RCM 26/2000 de 15.mai. Este programa constituiu o apogeu até então da requalificação urbana no País, tendo determinado o incremento não só do número de gabinetes de AP mas também do número de jovens profissionais que nestes trabalhos intervieram.

2004   CONTRIBUTOS PARA A IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM EM PORTUGAL CONTINENTAL, trabalho coordenado por Alexandre Cancela d’Abreu, constitui base referencial e fundamental para a implementação da Convenção Europeia da Paisagem e operacionalização dos seus princípios, identificando e caracterizando unidades de paisagem. Encomenda da DOGTDU à Universidade de Évora em 1999. Em 2005 sairá o volume dedicado aos Açores.

2007   PARQUE ESCOLAR. O Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário, encontrou-se quase desde o princípio envolto em celeuma. Não obstante, foi fonte de relevante trabalho para (alguns) gabinetes de AP, mas de algumas desilusões, também.

2008-19 CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS. Desde o DL 18/2008 de 29.jan até à actual Resolução da AR 16/2020 de 19.mar, já vamos em 16 versões. Não há quem se entenda!

2008   REN – RESERVA ECOLÓGICA NACIONAL. Seminal, revolucionária e visionária em 1983 – nos ’90 houve técnicos do ICN a partilhar conhecimento e experiência nos EUA – esta estrutura fundamental do nosso território tem vindo a simplificar-se, complexificar-se e burocratizar-se até hoje. Criada pelo DL 321/83 de 5.jul, revogada pelo DL 93/90 19.mar. O actual Regime Juridico é estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 239/2012, de 2 de novembro, com a alteração introduzida no art.º 20. pelo Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de julho. nos artigos 184.º a 186.º e no artigo 201.º pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, e mais recentemente pelo Decreto-Lei n.º 124/2019, de 28 de agosto, que procedeu a nova republicação. Sem mais.

2009-18 REVISÃO DO 73/73. O Regime Jurídico Aplicável ao Exercício da Actividade da Construção foi criado pela Lei 31/2009 de 3 de Julho que aprovou o regime jurídico que estabelece a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos, pela fiscalização de obra e pela direcção de obra, que não esteja sujeita a legislação especial, e os deveres que lhes são aplicáveis e revoga o Decreto n.º 73/73, de 28 de Fevereiro, alterada pela Lei 40/2015 de1 de Junho, que foi alterada pela Lei 25/2018 de 14 de Junho. Os profissionais de AP têm sido sucessivamente desconsiderados (ou menos considerados?) nos actos próprios do exercício que a sua formação deveria garantir. Não há cão nem gato que possa fazer o que nós fazemos e até há quem só faça coisas que só nós deveríamos fazer e não podemos. Perversidadades resultantes da impossibilidade de presença em determinados forums, onde deveríamos ter assento.

2011   TROIKA EM PORTUGAL.

2011   A PAISAGEM NA REVISÃO DOS PDM, DGOTDU. Outra obra coordenada por Cancela d’Abreu, no rescaldo da anterior. Manual de referência e consulta, incontornável para quem exerce ordenamento do território e planeamento urbano, letra morta ou quase-morta na grande maioria dos PDM em vigor. Numa das nossas regiões-plano só 4 dos PDM em vigor integrava conceitos e preocupações de integração da Paisagem!

2012   ICNF INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E FLORESTAS (DL 135/2012 de 29 de Junho), resultante da fusão da Autoridade Florestal Nacional com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (DL 136/2007 de 27 de Abril), zelador da Natureza em Portugal, transformou-se aparentemente num saco de gatos, sem meios nem recursos para atender às solicitações de forma eficaz e pedagógica. Corre o risco de descambar num bonzo de ineficiência e arbitrariedade. Em 1993 denominava-se ICN (DL 193/93 de 24 de Maio), antes Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza (DL 49/83 de 31 de Janeiro) e inicialmente, Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagistico. Ilustrativa ironia esta a da evolução da sua designação.

2012   PRÉMIO NACIONAL DE PAISAGEM, instituído com o objectivo de implementar a Convenção Europeia da Paisagem, como prémio preparatório do Prémio da Paisagem do Conselho da Europa. Recompensa “o mérito de quem, em Portugal, contribui para um desenvolvimento territorial mais sustentável e promove a sensibilização para a importância da paisagem na qualidade de vida”. Premiados em 2012, Furnas LandLab e em 2018, Paisagem Cultura da Vinha da Ilha do Pico. Concurso aberto a candidaturas para 2020.

2013   GONÇALO RIBEIRO TELLES homenageado com o Prémio IFLA Sir Geoffrey Jellicoe. Este prémio é considerado o "Nobel" da Arquitectura Paisagista e análogo ao prémio Pritzker de arquitectura. Em meu entender, corolário mais que merecido de uma carreira ímpar em Portugal. Por vezes pergunto-me o que teria sucedido se este homem tem acedido a uma carreira internacional?

2014   UMA PRAÇA EM CADA BAIRRO. Este Programa, constante no conceito Lisboa Cidade de Bairros, constituiu um dos Eixos do Programa para o Governo da Cidade 2013-2017. Promovido pela CML, em colaboração com as 24 juntas de freguesia de Lisboa. Programa com grande participação de profissionais de AP a par de outras categorias profissionais.

2015   POLÍTICA NACIONAL DE ARQUITECTURA E PAISAGEM. Política óbvia e extremamente necessária. Lástima que parcialmente apropriada por quem de muito fala e de pouco entende. O seu Plano de Acção 2020 determina metas a atingir entre 2017 e 2020. Esperemos que se logrem.

2017   INCÊNDIOS DE PEDRÓGÃO.

2019   LITORALIZAÇÃO DO ENSINO DE AP. Duas das escolas com mais tradição no ensino de AP, UE e UTAD, deixam de poder oferecer formação neste domínio, por falta de alunos. Desertificação ou simplesmente desinteresse?

2019   PRÉMIO RIBEIRO TELLES PARA AMBIENTE E PAISAGEM, trata-se de uma iniciativa conjunta do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, da Causa Real, da Ordem dos Engenheiros e da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas. Primeira laureada, em 2020, Teresa Andresen.

2020   PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM e REGIME JURÍDICO DE RECONVERSÃO DA PAISAGEM. Matéria esperada e desejada, especialmente depois dos horrores de 2017. Sabem “um pouco a pouco” e talvez demais a floresta. Será porque não são Matas?

2020   EXPOSIÇÃO JARDINS HISTÓRICOS DE PORTUGAL e PROGRAMA RTP1 JARDINS HISTÓRICOS. Ambos fruto da tenacidade e capacidade de Teresa Andresen e da equipa da Associação dos Jardins Históricos, mostraram a relevância de uma identidade inevitável, de um notável património. Depois destes, torna-se imperativo a assunção oficial e o reconhecimento institucional deste conjunto de bens, assim como a sua inventariação, classificação e valorização de forma sistemática e integrada.

Dou por mim a assobiar baixinho, disfarçando talvez este súbito amargor que me invade...

Deixo aqui à reflexão de cada um as ilações a retirar desta elencagem de factos, não deixando de referir o esforço que inúmeros arquitectos paisagistas sob a égide da APAP, de forma abnegada e ao longo de mais de vinte anos, têm diligenciado pela criação da Ordem dos Arquitectos Paisagistas.

Termino como GRT: “isto começa, mas não se sabe como acaba…”
E la nave va.

Carlos Correia Dias, APAP nº 68
Delegado da APAP nos Distritos do Alentejo

NOTA: Esta Mensagem do Delegado foi escrita antes do falecimento do Professor GRT

Contacte o Delegado dos Distritos do Alentejo aqui
AGENDA 

ACÇÃO DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
SISTEMAS DE REGA SOB PRESSÃO

 

Com o início de 2021, a APAP dá inicio também às Acções de Formação Complementar.

DESTINATÁRIOS:
Arquitectos paisagistas, técnicos e profissionais de construção e manutenção de espaços verdes. Todos os interessados no tema.

OBJECTIVOS:
Transmissão de um conjunto de conhecimentos sobre sistemas de rega sob pressão, por forma a que no final, os formandos estejam mais aptos a identificar os diferentes sistemas e equipamentos associados, a reconhecer as suas principais características de funcionamento e aplicações. Incrementar o conhecimento e fomentar a capacidade técnica para a elaboração de um projecto de rega (questões de forma e de conteúdo), bem como para a sua instalação e manutenção.

FORMADORES:
Arquitecto Paisagista Pedro Batalha
Arquitecta Paisagista Paula Simões, formadora certificada pelo IEFP

CARGA HORÁRIA:
Dois dias (6h + 6h = 12h)

CALENDARIZAÇÃO:
08JAN2021 e 15JAN2021

HORÁRIO:
Manhã:
Bloco 1:  9:30 – 11:00
Bloco 2: 11:30 – 13:00

Tarde:
Bloco 3: 14:30 – 16:00
Bloco 4: 16:30 – 18:00
Dúvidas / Debate: 18:15 – 19:00 (opcional)

VALOR:
Associados APAP com as quotas em dia: 147.6€ (120.00€ + IVA)
Outros: 184,50€ (150.00€ + IVA)
30% de desconto para estudantes de Arquitectura Paisagista.

O pagamento pode ser efectuado por transferência bancária para:
NIB – Número de Identificação Bancária
0033-0000-45587823224-05 (Banco Millennium BCP).

EVENTO COM CAPACIDADE LIMITADA!

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PROGRAMA
QUESTÕES ADMINISTRATIVAS

CONTA BANCÁRIA

Informamos os nosso Associados que está a decorrer o processo de fecho da conta do Santander e que todos os pagamentos (quotas, declarações, inscrições, etc.) de ora em diante deverão ser efectuados unicamente para a conta do Millennium BCP:

NIB – Número de Identificação Bancária
0033-0000-45587823224-05 (Banco Millennium BCP)

Pedimos aos Associados que contam com transferências automáticas anuais ou semestrais o favor de não se esquecerem de actualizar os dados de pagamento.

TELETRABALHO

De acordo com as regras impostas pelo governo, e em vigor a partir do dia 21 de Novembro de 2020, a APAP informa que mantém activo o Plano de Contingência, que se consubstancia nos seguintes procedimentos:

  • As funcionárias continuam a exercer as suas funções à distância através de teletrabalho;
  • Os pedidos e envios de Declarações e Documentos continuarão a ser feitos por email, conforme procedimento normal. Os documentos emitidos pela APAP têm o Selo Eletrónico Qualificado, substituindo o anterior Selo Branco. O selo eletrónico qualificado confere aos documentos aos quais é aposto a presunção legal de integridade e autenticidade da origem dos dados, em toda a União Europeia, pelo que poderão os associados utilizar o documento enviado o número de vezes necessário, bastando para tal imprimir o mesmo;
  • Todos os documentos de contabilidade e facturação continuarão a ser emitidos, tal como no presente, via email, através do novo programa de facturação;
  • Os contactos telefónicos para a APAP poderão ser efectuados tanto para o número fixo 213 950 025 (recibos e informação geral), como para o telemóvel 914 463 670 (declarações e adesão de associados), durante o mesmo período de atendimento regular da APAP.

A APAP informará do término da aplicabilidade deste Plano de Contingência através de comunicação directa aos Associados e por divulgação no nosso site e redes sociais.

REGULAMENTO GERAL SOBRE A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS

A fim de dar cumprimento ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados Pessoais (RGPDP) agradecemos que todos os membros e associados que, se ainda não o fizeram, preencham e assinem o Formulário de Consentimento RGPDP e enviem por email para [email protected].

Formulário RGPDP
INTERNATIONAL 
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LEITURAS, INSPIRAÇÃO E AUDIOVISUAL
URBANIZAÇÃO, ESPAÇOS VERDES E SUSTENTABILIDADE
DO JARDIM À AGRICULTURA URBANA

Leonel Fadigas

 

Não há cidades sem agricultura, e sempre foi assim. Desde os primeiros assentamentos urbanos a questão do abastecimento alimentar esteve sempre presente no seu traçado e evolução. A urbanização como processo social, e a história do urbanismo, desde os tempos mais antigos até à atualidade condicionaram a relação do homem com a natureza. Este livro, num primeiro momento, apresenta a relação simbiótica entre a agricultura e as cidades partindo da análise histórica da evolução das cidades e do modo como foram vividas em cada momento.

Num segundo momento, e olhando para o futuro, o autor propõe, à luz de novos conceitos, uma solução inovadora para tornar as cidades do nosso tempo mais humanas e sustentáveis: introduzir a agricultura nas cidades, trazendo para dentro delas e para a sua proximidade o suporte alimentar sem o qual não sobrevivem. Esta necessidade surge atualmente com maior evidência, sendo possível dar-lhe o acolhimento necessário e adequado ajustando o ordenamento da paisagem e do território ao planeamento urbano.

Link para compra e para ler algumas páginas
COMPANION TO PUBLIC SPACE
Editado por Vikas Mehta e Danilo Palazzo

 

Trata-se de uma publicação bilingue (português/inglês), profusamente ilustrada, em formato A4, com 120 páginas.

Este livro reúne uma excelente colecção multidisciplinar de capítulos encomendados especialmente que oferecem o estado da arte no discurso intelectual, bolsas de estudos, pesquisa e princípios de entendimento na construção do espaço público.

Tematicamente, o volume atravessa fronteiras disciplinares e atravessa territórios para abordar as questões filosóficas, políticas, jurídicas, de planeamento, design e gestão na construção social do espaço público. O Companion reúne exclusivamente vozes importantes de diversos campos da filosofia, ciência política, geografia, antropologia, sociologia, design e planeamento urbanos, arquitectura, arte e muito mais, sob uma capa única. Aborda a ecologia completa do tópico para expor os problemas, desafios e oportunidades inter-relacionados do espaço público no século XXI.

O livro destina-se principalmente a académicos e estudantes de pós-graduação, para os quais fornecerá um guia inestimável e actualizado sobre o pensamento actual em toda a gama de disciplinas que convergem no estudo do espaço público. O acompanhante também será útil para profissionais e funcionários públicos que lidam com o planeamento, design e gestão de espaços públicos.

Link para compra e resumos dos capítulos
SABIA QUE? 
Pode encontrar minutas de vários documentos legais na página das FAQs da APAP?

Fazemos notar que estas minutas são facultadas a título exemplificativo e deverão sempre ser adaptadas à situação concreta a regulamentar, sendo sempre aconselhável que esta adaptação seja feita por jurista ou advogado, casuisticamente.

Link para a página das FAQs
saiba mais em www.apap.pt
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