Queridos Colegas,

Desde a última NL, muito se passou nos corredores da governação. Após a aprovação do orçamento de estado, o presidente da república dissolve a assembleia, o primeiro-ministro e governo estão exonerados e o parlamento praticamente em piloto automático, mantém-se em funções até meados de Janeiro.

É neste ambiente pré-natalício que o presidente da república veta a lei que visava a alteração aos estatutos das ordens dos engenheiros e arquitectos, quadro jurídico que serviu em 2018, como fundo de argumentação, envolvendo também a limitação da criação de novas ordens profissionais que os partidos da maioria parlamentar adoptaram, para evitar o apoio ao projecto da criação da ordem dos Arquitectos Paisagistas, no seguimento do lançamento da petição. Oportunamente voltaremos à AR.

No passado dia 25 de Novembro, realizou-se a AG de fim de ano, mais participada, tendo em conta que para além do orçamento e da rectificação do valor da quota, a ordem de trabalhos envolvia a deliberação sobre o futuro da APAP. Neste contexto, esperamos que os debates com a direcção da OA tenham lugar em breve, tendo sido já solicitado ao presidente arqº. Avelino Oliveira um encontro nesse sentido.

No último dia de Novembro, teve lugar a conferência anual da PNAP. Assistimos à consagração do processo que vinha tomando forma há dois anos a esta parte, através do Programa Paisagem e Arquitectura Sustentáveis, com o objectivo de fomentar a literacia do território, e do envolvimento da paisagem da arquitectura e do património, na aproximação e compreensão do espaço, no sentido explícito do termo pelos jovens.

Na ocasião foi transmitido por parte da APAP, da necessidade da boa gestão do orçamento do programa, numa base de equidade, independentemente da entidade gestora. Também foi referido que a actividade da PNAP sob os desafios actuais, poderá envolver outros âmbitos em simultaneidade, como o caso da lei de restauro da natureza em redor dos ecossistemas degradados, do Green Deal do Pacto Ecológico Europeu. Acrescento o debate sobre estratégias políticas que envolvam a consciencialização do papel da paisagem na reconstrução da cidade no âmbito do tema da habitação.

Quero destacar aqui duas actividades previstas para o princípio do ano:

• a celebração no dia 15 de Fevereiro, do centenário de António Viana Barreto, que a APAP está a organizar em colaboração com a FCG;
• e no âmbito da visita do ExCO Comité Executivo Comité executivo da IFLA a Lisboa, a realização em Lisboa, no dia 15 de Março de uma conferência sob o tema- LA uma profissão do futuro.

Não posso deixar de partilhar em nome da APAP, da alegria da notícia da aprovação pela AML da Recomendação 094/09 (PEV) – “Garantia da salvaguarda e requalificação ambiental de logradouros”, subscrita pelo grupo municipal do PEV.

Reforço a lembrança do Prémio de Arquitectura do Algarve, na sua terceira edição, que este ano conta com a parceria da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas, e que está aberto à participação de arquitectos paisagistas, e já agora do lançamento do livro -50 anos de Políticas Ambientais em Portugal, a ser apresentado no dia 14, no edifício da reitoria da Universidade do Porto. Surpresas haverá ainda sobre os vivos 80 anos da AP.

Um grande abraço e um Bom Natal para todos, venha o 2024.

Viva a AP!

João Ceregeiro, APAP n.º 148
Presidente da Direcção