Janeiro 29, 2018
Lançamento do LIVRO do Arquitecto Paisagista Ilídio de Araújo
Lançamento do LIVRO do Arquitecto Paisagista Ilídio de Araújo
31 de Janeiro 2018 | 18.30h
Centro Nacional de Cultura
Rua António Maria Cardoso, 68 – Lisboa
‘Foi na Sala de Actos do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa que tivemos o imenso prazer de ouvir, durante mais de três horas, a exposição do Arquitecto Paisagista Ilídio de Araújo sobre “As origens do Povo Português e do seu Fado”.
Nesse mês de Outubro de 2010 decorria o primeiro ano de vigência do projecto de investigação “Filosofia e Arquitectura da Paisagem”, uma feliz parceria entre o Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL) e o Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Francisco Caldeira Cabral (CEAP) do Instituto Superior de Agronomia. Entenderam as coordenadoras associar às actividades de investigação e às publicações deste projecto a realização de um Seminário Permanente de periodicidade regular, com o duplo objectivo de divulgar o trabalho da equipa de investigadores e de ampliar o horizonte dos estudos sobre Paisagem. Ao considerar prioritariamente a Paisagem como dimensão da realidade, e não no plano da representação, o projecto privilegiava três vertentes: – a ontologia: a essência e as categorias da Paisagem; – a estética: a apreciação das qualidades da Paisagem; e a ética: o sentido do viver, do agir e do intervir na Paisagem.
O nome do Arquitecto Paisagista Ilídio de Araújo impôs-se desde o primeiro momento como uma das personalidades a convidar: pela notável acção no campo do ordenamento e da conservação da Paisagem portuguesa, mas igualmente pela obra de pensador, pouco conhecidas que eram as suas ideias, que se sabia serem originais, mas permaneciam ainda envoltas numa aura de mistério.
Numa sala repleta de colegas, estudantes e um público de formações muito diversificadas, assistiu-se a uma fascinante descrição que não se confinava à Paisagem em sentido estrito. Ouviu-se uma inteira História do mundo e das grandes Famílias primordiais; compreendeu-se essa História na sincronia que fixava os grupos humanos aos lugares e conservava vivos na cultura simbólica os poderes originários do genius loci; mas compreendeu-se também a História como diacronia, acompanhando a disseminação espacial desses grupos ancestrais por uma Europa, sofrendo, também ela, profundas mutações geológicas e geográficas.’
Lisboa, Maio de 2016
Adriana Veríssimo Serrão
Manuela Raposo Magalhães